Meu amigo Juninho me perguntou outro dia
se existiria mesmo o chamado “ponto cego” no “Independência”. Já havia lido a
respeito, quando da reabertura do Estádio, após gastos astronômicos, como sói
acontecer num caso como esse. Segundo a matéria seriam pontos cegos, cerca de
seis mil, que deixariam torcedores-consumidores sem condições de assistirem a
todos os lances desenrolados no gramado.Trocando e-mails com meu amigo, também
radialista, ele assim se manifestou:
Esse defeito existe mesmo, viu Juninho!
Muita gente teria deixado isso prá lá.
“Ponto cego? Tudo bem! Deixa prá lá!”. Mas o nosso investigador gosta de tirar
tudo a limpo. Nada de deixar prá lá. Ele é curioso e quer saber até a diferença
entre “tomada de porco e focinho elétrico”.
O investigador entrou em ação, no
autêntico “matar a cobra e mostrar o pau”.
Assim que passou pelo portão da Imprensa,
do reformado Estádio, seguiu pelo pátio interno até chegar a uma subidinha
básica, uma escada daquelas, capaz de nos deixar aquecidos para qualquer
atividade física. Após esse teste de aptidão física, é hora de um mergulho sob
as arquibancadas até chegar ao elevador. Agora é só conferir.
No último lance de arquibancadas, quanto
mais o nosso Sherlock se dirigia para os assentos mais altos, mais complicado
se tornava, para se ter uma visão completa do campo de jogo. Na última fila, lá
nas “grimpinhas” como diria meu amigo Luiz, lá de Uberaba, o torcedor sentado,
conseguiria enxergar só a metade do gramado, do lado oposto. Convenhamos, é uma
inovação: “Venha aqui prá assistir a meio-jogo”...
Então o ponto cego existe. Uma pena, pois
o Estádio é muito bonito e acolhedor. Na maior parte dos assentos, a visão é
excelente, muita comodidade.
Disseram prá nós lá que o Engenheiro
responsável nunca havia entrado a um Estádio de futebol. Se é verdade eu não
sei. O que sei é que existe mesmo o tal ponto cego no “Independência”, viu
Juninho!
Nenhum comentário:
Postar um comentário