Nunca pensei que um dia teria um cachorrinho em casa. Aconteceu. Fomos buscá-lo numa cidade próxima. O shitzu chegou com poucos meses de vida, um presente para o caçula, na festa dos seus sete anos. No seu registro, um pomposo nome, Thor Benfor. Só faltou o CPF. Thor na mitologia nórdica é Deus dos trovões, relâmpagos e tempestades, ironicamente tudo o que o nosso Thor não tolera. É um incômodo só, que o faz baixar o rabinho e iniciar a tremedeira.
Sabe-se que os cães sofrem
muito com barulhos, por possuírem uma audição muito mais aguçada e sensível que
a nossa. Pelo menos os foguetes deveriam sofrer um controle maior. Acho que
incomoda a todos.
O Thor é muito esperto e
acompanha todos os movimentos das pessoas na casa. Quando alguém se ausenta,
ele o espera junto à porta. Se é por muito tempo, como em viagens, ele fica
incomodado. E há duas palavrinhas sagradas que ele adora ouvir, “comer” e
“passear”.
A movimentação da língua,
abrindo e fechando a boca, é a tradução de “estou com fome, pô”. E quando o
convite é para passear, logo fixa o olhar para a guia, como quem diz “vamos lá,
tá na hora!”.
A caminhada faz um bem danado.
Melhora a circulação, dá eficiência aos pulmões, a sensação de bem-estar é
visível e areja os pensamentos. Eu gosto e ele adora e se diverte bastante,
chegando a ensaiar uma corridinha. É tudo de bom.
É raro ouvir o seu latido. A
única vez que faz isso é quando ouve o barulho do portão, indicando que alguém
está chegando. Assim que cessa a curiosidade, silencia-se novamente.
E para dormir não faz
cerimônia. É só oferecer-lhe o colchãozinho e o carinha dorme em qualquer
canto. Como dizem as meninas do banho e tosa: “ele é muito bonzinho!”.
Agora, me permitam, porque o
rapazinho está cobrando seu lanchinho da noite e não vamos deixá-lo esperando,
né!...
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