Fico observando a alegria das famílias reunidas para
celebrarem o Natal. O encontro saudável de gerações,de avós a bisnetos, tetranetos.
Famílias que rezam ao Altíssimo, em agradecimento por tudo
de bom ocorrido em mais um período de vida, as conquistas pessoais, a
realização de sonhos, a concretização de projetos e, principalmente, pela
saúde, bem inestimável.
Enfim, um brinde à alegria, numa noite completa com a troca
de presentes, comidas e bebidas em abundância.
Fico observando o outro lado da história, em que constatamos
contraste cruel, que mostra pessoas e
famílias marginalizadas, que não
conseguem celebrar a chamada “data maior da cristandade”.
Faltam-lhes motivação para escancararem sorrisos e se esbaldarem em regozijo. São
irmãos nossos que sofrem por diversos motivos, como o enfrentamento à
enfermidades, a perda de um ente querido, a condição financeira debilitada, o
isolamento imposto pela própria família ou o seu afastamento deliberado, enfim, a
marginalização imposta pela sociedade.
“Então é Natal, e o que você fez?/ O ano termina e nasceu outra vez”. Com esses
versos traduzidos do original de John Lennon e Yoko Ono, por Cláudio Rabelo,
possamos compreender a importância do agir, dando atenção a essas pessoas
desprezadas, e fazendo com que cada ser humano que se angustia possa crer numa nova
empreitada. Para isso, não só no Natal, mas em todos os dias, que cada um
apresente o seu apoio inconteste com gestos concretos.
Como escreveu Franz Kafka, “A solidariedade é o sentimento
que melhor expressa o respeito pela dignidade humana”.
Adamar Gomes
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